Entre em contato
Dicas Técnicas

Saiba aqui como montar uma troca de óleo sustentável

16 de julho 6 min. de leitura

O mercado está de olho no comportamento da sua empresa! Com a disseminação do acesso à informação, o cliente tem nas mãos uma ferramenta poderosa para pesquisar o histórico de uma empresa. E uma das principais preocupações do consumidor moderno está na redução dos seus impactos ambientais.

Quando falamos em uma oficina mecânica, os prejuízos causados à natureza são significativos. O descarte inadequado dos resíduos em um negócio desse tipo pode causar grandes contaminações, especialmente quando envolve óleos.

Mas como manter uma oficina verde sem, no entanto, comprometer seu faturamento e a eficiência dos seus serviços? Separamos as melhores dicas para montar uma troca de óleo sustentável e proteger o meio ambiente — e ter uma oficina de sucesso. Acompanhe!

As vantagens da oficina verde

Com a adoção de políticas de proteção à natureza, sua oficina não só garante a menor agressão ao meio ambiente, como também pode reduzir seus custos. Proteger os recursos naturais agrega uma série de vantagens ao seu empreendimento.

As boas práticas chamam a atenção do consumidor moderno que, inserido em um mercado cada vez mais atento à preservação ambiental, valoriza as empresas que adotam estratégias ecológicas. Sendo bem quisto pela clientela, seu negócio vende mais serviços.

Mas não é só o cliente que está de olho em suas ações de preservação. Os vizinhos da oficina e seus próprios colaboradores também saem beneficiados quando as políticas verdes são implementadas.

O ambiente de trabalho se torna mais produtivo, especialmente quando segue à risca as normativas de proteção da saúde e segurança do trabalhador. A equipe bem capacitada e satisfeita com a gestão trabalha melhor, angariando novos clientes.

Enquanto isso, as empresas nos arredores recebem uma imagem positiva da sua oficina, facilitando parcerias e indicações aos seus serviços mecânicos.

Acha que acabou? Quando aposta no descarte correto dos resíduos, sua empresa ainda pode ser certificada com o ISO 14001, que atesta as companhias que investem na proteção do meio ambiente.

Ficou interessado em apostar na ideia, certo? Por isso, listamos boas dicas, a seguir.

5 dicas para montar uma troca de óleo sustentável

Apostar em um modelo de negócios ecológicos agrega valor à sua oficina. Bem-vista pelo cliente e pelos vizinhos, ela gera mais vendas. Para iniciar seu empreendimento verde e aproveitar essas vantagens, é uma das responsabilidades do gestor montar uma troca de óleo que não agrida o meio ambiente.

1. Cumpra os requisitos burocráticos

Os óleos lubrificantes são muito utilizados na oficina mecânica — com a expansão do mercado, a tendência é que aumente ainda mais o consumo desse tipo de óleo. As máquinas motorizadas e os transportes automotivos são inteiramente dependentes dessa substância para que funcionem corretamente.

Carros, motocicletas, caminhões e ônibus são apenas alguns dos meios de transporte que, de tempo em tempo, necessitam trocar o óleo de seus motores para que continuem úteis em suas funcionalidades.

O erro do empreendedor é não pensar para onde vai o óleo desse equipamento e quais as consequências de seu descarte incorreto. Desde 1993, o Conselho Nacional do Meio Ambiente determinou obrigatória a reciclagem da substância e definiu as normativas para um descarte ecológico.

É proibido dispensar o óleo automotivo em águas, solos ou esgoto. A queima também é proibida e qualquer descumprimento é considerado crime ambiental, cabendo medidas legais à oficina que não segue as orientações do Conselho.

2. Adeque as instalações

Sua oficina precisa dar atenção especial às instalações para conseguir dispensar o óleo da maneira correta. Caso os resíduos cheguem à natureza, o lençol freático pode ser contaminado, trazendo danos significativos.

O Conselho Nacional define como óleos e embalagens devem ser descartados e a estrutura da sua oficina deve estar equipada para obedecer à legislação.

Para coletar o óleo, a oficina deve instalar a chamada caixa separadora, que tem a função de separar a substância da água. Quando os mecânicos da oficina lavam as mãos ou quando há uma lavagem de peças embebidas em óleo, a água utilizada deve ser direcionada para a caixa.

O piso da oficina deve ser impermeabilizado. Quando ele for lavado, a drenagem também precisa ser encaminhada para a caixa separadora. Para recolher o óleo que foi separado após passar pela caixa, há empresas especializadas que conseguem reciclar o resíduo.

3. Faça boas parcerias

Montar uma oficina sustentável exige algum esforço. Tornar a troca de óleo menos agressiva para o meio ambiente demanda instalações adequadas e investimentos na capacitação do pessoal para lidar com os descartes.

O processo fica mais fácil quando o gestor fecha boas parcerias. Há postos que se oferecem para o recolhimento do óleo, realizando o encaminhamento para a reciclagem. Vale pesquisar na sua região por estabelecimentos que façam esse tipo de serviço — que deve ser registrado pela ANP.

4. Estude sobre composição dos produtos

Para descartar o óleo adequadamente é preciso entender a sua composição. Os lubrificantes são apresentados em diversas formas, podendo ser líquidos ou semilíquidos, diferindo-se não só na viscosidade, mas também em sua finalidade. Uma característica em comum entre eles é sua composição, que inclui de 80% a 90% de óleos básicos.

Há dois tipos de lubrificantes básicos. Os minerais são produzidos diretamente do refino de petróleo. Mais baratos do que os óleos sintéticos, sua reciclagem é mais simples. Apesar de ser o tipo mais utilizado no Brasil, costuma ser importado.

Os óleos básicos sintéticos são produzidos a partir de reações químicas geradas com produtos extraídos do petróleo. Sua estabilidade térmica é maior e sua oxidação é melhor, mas seu descarte é mais complicado.

Quando os óleos básicos são unidos aos aditivos, estão prontos para o consumo. São chamados, então, de lubrificantes acabados.

5. Pesquise o descarte adequado

Com o tempo, o óleo perde suas propriedades positivas e não serve mais para o uso na oficina. É hora de dispensá-lo. Quando está nessa fase, ele é geralmente chamado de “óleo queimado”, mas a denominação deve ser evitada, já que não é a mais adequada.

Podemos chamar o óleo nesse estado, pronto para ser descartado, de contaminado ou usado. Apesar de não ter mais utilidade, ele não pode ser rejeitado de qualquer maneira. O óleo básico ainda pode ser reutilizado pelo processo de “rerrefino”.

Os reguladores da indústria do petróleo definiram como obrigatório o envio do óleo usado a um rerrefinador. Ele será responsável por retirar as substâncias que contaminam o óleo, recuperando o máximo possível do lubrificante básico.

A responsabilidade começa com o cliente, chamado de gerador, que deve armazenar o óleo retirado do veículo até que seja entregue a um revendedor ou para um coletor autorizado pela ANP. Quem descumpre as normativas está sujeito a multas por degradação ambiental.

Deu para ver como uma troca de óleo sustentável pode proteger o meio ambiente e aumentar o sucesso da oficina? Contribua para um mundo mais verde! Compartilhe este post para os amigos nas suas redes sociais!